segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Próxima guerra de Israel à vista

Nesta última Sexta, uma reportagem do Canal 2 da TV Israelense apontou para os riscos de uma iminente guerra entre Israel e Hezbollah no Sul do Líbano. Esta reportagem informou que Israel está "fazendo planos e se preparando para uma guerra super violenta".

Coronel israelense Dan Goldfus, disse a reportagem que em uma eventual guerra contra o Hezbollah no Sul do Líbano, "Israel deverá utilizar considerável força para poder vencer e que terá que atuar decisivamente e drasticamente", devido a forte capacidade militar do grupo.

Parada Militar do Hezbollah no Líbano
(Crédito da Foto: Jamal Saidi/Reuters)

O Hezbollah é abertamente apoiado pelo Irã e possui mais de 100.000 foguetes, sendo 5.000 de longo alcance. Os foguetes de longo alcance estão localizados nas proximidades da capital Libanesa, Beirut, e poderiam causar considerável dano à Israel devido sua tecnologia ser superior aos foguetes utilizados pelo Hamas nesse último conflito.

O sistema antimísseis Domo de Ferro que permitiu Israel interceptar centenas de foguetes lançados pelo Hamas, evitando danos estruturais e minimizando o risco de causa civis, não será eficaz contra o poderio militar do Hezbollah. Portanto, as palavras de Goldfus "decisivamente e drasticamente" referem-se a Israel ter que agir rápido e com força para destruir esses foguetes ainda no chão antes de serem lançados.

Caso essa guerra aconteça, Israel deverá evacuar os civis que moram na região da Galiléia, norte do país, que faz divisa com o Líbano.

A reportagem ainda indicou que em 2012, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu avisou o secretário geral da ONU, Sr. Ban Kin-moon, sobre os possíveis danos que seriam causados as vilas Libanesas situadas no sul do país em uma eventual guerra contra o Hezbollah.

Assim como o Hamas construiu túneis de assalto para invadir Israel, residentes israelenses que moram próximos a fronteira com o Líbano declararam ouvirem ruídos que poderiam ser atribuídos a construção de túneis na região. Este processo teria se intensificado após a última guerra contra o Hezbollah em 2006, conflito conhecido como a Segunda Guerra do Líbano.

Ao final da reportagem, Goldfus concluiu que "quem pensava que o Hezbollah havia se enfraquecido devido as baixas na luta contra o Presidente Bashar Assad na Syria, se enganou", deixando no ar um sentimento na população israelense de que uma guerra contra o Hezbollah está mais próxima do que se imaginava.


Fazem pouco mais de 11 dias que a guerra contra Hamas na Faixa de Gaza parou, devido a um tratado de cessarfogo prolongado, deixando um saldo de mais de 2.000 Palestinos e 72 Israelenses mortos.